Não venha com suas mãos cheias de carinho, se não vai fazer dos
meus cabelos o teu ninho. Não beije minhas mãos se não puder segurar meu
coração. Que palpita a cada gesto gentil. Que não sei de onde saiu. Se é
pra mim todo o amor, ou se te entregas tão generosamente seja pra quem for.
Não vou abrir a porta para sua presença forte, se um dia vai me abandonar a
sorte. Corte, ainda na raiz pra que não haja morte. Eu preciso viver em outro
chão. Não, não me olhe assim.
Não venha me fazer esquecer o meu propósito. Oh! Você me beijou a boca! E num
abraço manso repousei em descanso desse mundo que eu carrego nas costas.
Não, eu disse “não” tantas vezes. Mas você não perguntou se poderia
simplesmente se atreveu. No meu apogeu se fez o mais interessante. Incessante
essa vontade ignorante de não pensar em você e não te querer.
São tantos “nãos”, que me pego dizendo sim, seu peito é meu fim. Senhor desse
meu fervor, atenda esse meu clamor e não venha. Não abuse do pouco que restou.
Por favor, fique assim longe. Sem amor e bonito. E saiba que é o
favorito, a desfazer todos os meus “nãos”.
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