segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Vem sem demora!



Eu preciso achar a hora certa, abrir a porta certa, a boca certa e acertar o alvo na certa. Vejo-me descalço correndo livre pra me prender na liberdade de poder te abraçar, te apertar, te machucar. E não te deixar afastar.
Se soubesse do amor que trago no peito, me tragaria todos os dias e me faria seu melhor baseado. Parece alucinação,  mais não.  É só ternura. Tem afeto sobrando no mundo, mas é que nos esquecemos de semear. 
Mas onde é que você está,  eu te guardei na mochila, te deixei na esquina, na mesa do bar ou não ouvi você me chamar? Por onde andas? Onde é mesmo que você vai? Que nunca me leva?
Veja só o que aconteceu, por não saber como te falar, me encontrei nas palavras escritas. Porque eu deveria mesmo estar sussurrando em teus ouvidos, tira o teu fone, e acata os meus desejos que ficará insone. Eu sou moça descente, mas é que a falta de ti me fez demente. Desmente meu bem, quando falam que você não existe e que minha espera é só. Só eu sei como o tempo não passa  pra quem não é digno de dó.
É que vez ou outra eu fico assim, com vontade de mostrar ao mundo o tamanho que sou por dentro, mas a verdade é que deixaria todo o mundo em movimento e pararia no seu olhar. Caso você me olhasse e quisesse comigo ficar.
Já não sei mais o que faço,  então me desfaço pra satisfazer. Olha eu aqui de novo de pés descalço,  correndo, querendo viver. Mas corro de você que não abriu os teus braços,  veio cheio de laços pra me prender.
Se segurar com jeito a minha cintura pode ser que eu fique mais. Prenda minha boca na sua meu caro rapaz. Capaz, até que apaixone e tudo que eu guardei transborde de uma só uma vez. Uma, duas, três...


Então vem sem demora!