Espelho,
espelho meu.
Qual será jeito certo?
Ou podemos viver no meio termo? Ou conseguiríamos ser felizes no
extremo?
As vezes elas buscam
outras chegam lá, sem menos perceber. Não se reconhecem mais no
espelho. Olham e se perguntam, quem é que está aí? Simplesmente
não se enxergam. E antes fizessem isso por querer, porque era só
parar. Mas agem inconscientemente.
E quem poderá
salvá-las? O inconsciente. Ele tem que alertá-las que elas são
belas, pobres dos que não perceberam isso. Não sabe o que é beleza
neste mundo.
Elas sofrem, quando
comem e quando deixam de comer. Quando se vestem, ou estão nuas.
Quando caminham, quando estão paradas. Pois tudo o que está em
volta interfere na sua baixa auto-estima.
Tudo o que elas tocam,
elas estragam. Assim é o pensamento delas. Acham que tem o poder
destruidor de arrasar o mundo. Precisam de ajuda, de carinho, antes
que destruam o seu próprio coração, antes que não haja mais
nenhum caminho.
Conseguem detectar o
seu problema, sabem distinguir o ilusório do irreal, mas não
conseguem equilibrá-lo. Na verdade o que elas mais sonham é em ser
livres dessa prisão.
Por aparecerem tanto
externamente, com seus físicos exagerados, possuem uma sensibilidade
infinita, qualquer aproximação, as toca profundamente. Infelizmente
tenho que admitir que não são donas da sua vida, pois deixaram o
desprazer ser dono delas.
São profundas e
abertas talvez por isso sofram
tanto, por deixarem que vão longe demais. Um prazer qualquer não as
saciam tem que tocar na alma. Precisam de mim, de você. De uma
sociedade mais humana, que não determine o tipo físico certo para
ser uma pessoa realizada na vida pessoal. Elas querem viver em paz e
serem amadas. E quando se sentirem assim, talvez não sofram tanto
tentando achar uma perfeição que não existe. E se existe não é o
verdadeiro segredo da felicidade!
By Jasi
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